Neste Dia das Mães, os avanços da medicina reprodutiva reforçam que a maternidade pode ser vivida de diferentes formas — todas legítimas e possíveis. Muito além da concepção tradicional, a reprodução assistida tem se consolidado como uma alternativa segura, eficaz e cada vez mais acessível para mulheres que desejam exercer a maternidade, independentemente de seu contexto familiar, idade ou condição clínica.
Segundo o ginecologista e obstetra Ricardo Nascimento, da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), a ciência tem transformado o panorama da maternidade. “Ela é, hoje, uma resposta concreta a inúmeros cenários: casais homoafetivos, mulheres com diagnóstico de câncer que precisam preservar a fertilidade, pessoas com infertilidade de causas diversas, entre outros. A medicina avançou muito e tem oferecido segurança, personalização e sucesso crescente nos tratamentos”, explica o especialista.
Entre as técnicas disponíveis, o congelamento de óvulos — também chamado de criopreservação — tem se destacado. A tecnologia permite que mulheres posterguem a maternidade por razões médicas ou pessoais, garantindo mais autonomia sobre o próprio futuro reprodutivo. “É uma ferramenta essencial para quem vai passar por tratamentos como quimioterapia ou deseja esperar por estabilidade emocional ou profissional antes de engravidar”, complementa Ricardo Nascimento.
Outro avanço relevante é a análise embrionária (PGT-A), um exame que avalia os cromossomos dos embriões antes da implantação no útero. “Com o PGT-A, conseguimos identificar quais embriões são saudáveis do ponto de vista genético e evitar transferências com embriões inviáveis. Isso reduz a chance de abortos espontâneos e aumenta as chances de sucesso da fertilização in vitro”, afirma o ginecologista.
O médico também destaca modalidades afetivas de vivência da maternidade, como a gestação compartilhada — muito procurada por casais homoafetivos femininos. “Nessa técnica, uma das mulheres fornece os óvulos e a outra gestará o bebê. É um processo profundamente simbólico, pois ambas participam biologicamente e emocionalmente da gestação. Tecnicamente, é uma FIV tradicional, com a única diferença sendo a divisão dos papéis”, destaca.
Nos casos em que a gestação não é possível ou não é o desejo da paciente, há também alternativas de fortalecimento do vínculo materno. Uma delas é a indução à lactação, que permite que mulheres amamentem mesmo sem terem engravidado. “Isso também é ciência a serviço do afeto”, diz Dr. Ricardo. Ele reforça que o papel da medicina não se limita aos procedimentos: “A maternidade envolve expectativa, sonho, identidade. Quando uma mulher é impedida de gestar, é fundamental que haja acolhimento psicológico. A maternidade pode ser construída de muitas formas — e todas elas são válidas”.
Para os próximos anos, o especialista aponta tendências como o uso de inteligência artificial na escolha de embriões, avanços em epigenética e novas formas de preservar a fertilidade. Mas ele enfatiza que a principal transformação é cultural. “Cada vez mais reconhecemos que não há um único modelo de família. A reprodução assistida vem para acolher a pluralidade da maternidade e mostrar que ciência e amor podem caminhar juntos”, finaliza o ginecologista obstetra.
Segundo o ginecologista e obstetra Ricardo Nascimento, da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), a ciência tem transformado o panorama da maternidade. “Ela é, hoje, uma resposta concreta a inúmeros cenários: casais homoafetivos, mulheres com diagnóstico de câncer que precisam preservar a fertilidade, pessoas com infertilidade de causas diversas, entre outros. A medicina avançou muito e tem oferecido segurança, personalização e sucesso crescente nos tratamentos”, explica o especialista.
Entre as técnicas disponíveis, o congelamento de óvulos — também chamado de criopreservação — tem se destacado. A tecnologia permite que mulheres posterguem a maternidade por razões médicas ou pessoais, garantindo mais autonomia sobre o próprio futuro reprodutivo. “É uma ferramenta essencial para quem vai passar por tratamentos como quimioterapia ou deseja esperar por estabilidade emocional ou profissional antes de engravidar”, complementa Ricardo Nascimento.
Outro avanço relevante é a análise embrionária (PGT-A), um exame que avalia os cromossomos dos embriões antes da implantação no útero. “Com o PGT-A, conseguimos identificar quais embriões são saudáveis do ponto de vista genético e evitar transferências com embriões inviáveis. Isso reduz a chance de abortos espontâneos e aumenta as chances de sucesso da fertilização in vitro”, afirma o ginecologista.
O médico também destaca modalidades afetivas de vivência da maternidade, como a gestação compartilhada — muito procurada por casais homoafetivos femininos. “Nessa técnica, uma das mulheres fornece os óvulos e a outra gestará o bebê. É um processo profundamente simbólico, pois ambas participam biologicamente e emocionalmente da gestação. Tecnicamente, é uma FIV tradicional, com a única diferença sendo a divisão dos papéis”, destaca.
Nos casos em que a gestação não é possível ou não é o desejo da paciente, há também alternativas de fortalecimento do vínculo materno. Uma delas é a indução à lactação, que permite que mulheres amamentem mesmo sem terem engravidado. “Isso também é ciência a serviço do afeto”, diz Dr. Ricardo. Ele reforça que o papel da medicina não se limita aos procedimentos: “A maternidade envolve expectativa, sonho, identidade. Quando uma mulher é impedida de gestar, é fundamental que haja acolhimento psicológico. A maternidade pode ser construída de muitas formas — e todas elas são válidas”.
Para os próximos anos, o especialista aponta tendências como o uso de inteligência artificial na escolha de embriões, avanços em epigenética e novas formas de preservar a fertilidade. Mas ele enfatiza que a principal transformação é cultural. “Cada vez mais reconhecemos que não há um único modelo de família. A reprodução assistida vem para acolher a pluralidade da maternidade e mostrar que ciência e amor podem caminhar juntos”, finaliza o ginecologista obstetra.
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