Acompanhamento odontológico ajuda a prevenir complicações e melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos
Durante o Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, é importante reforçar que a saúde bucal tem papel fundamental para pacientes que passam por tratamentos oncológicos. O acompanhamento odontológico ajuda a prevenir complicações e melhora a qualidade de vida durante todo o processo.
Anna Karolina Ximenes, da IGM Odontologia para Família, explica que a avaliação odontológica deve ocorrer antes do início do tratamento contra o câncer. “A boca é um ambiente cheio de micro-organismos e pode ser uma porta de entrada para infecções, especialmente em pacientes com imunidade baixa”, destaca.
Ela ressalta que quimioterapia e radioterapia podem provocar inflamações, como mucosite, além de boca seca, tornando o acompanhamento odontológico ainda mais importante. “Quando há radioterapia, procedimentos dentários prévios são necessários para evitar complicações. A laserterapia de baixa intensidade também pode ajudar, reduzindo inflamação e aliviando dores”, acrescenta Anna.
Alguns casos exigem atenção especial:
1. Transplante de medula óssea em doenças onco-hematológicas: o tratamento com quimioterapia intensa reduz a imunidade, aumentando o risco de infecções bucais. “É fundamental tratar qualquer foco de infecção antes do procedimento”, alerta a especialista.
2. Uso de inibidores de osteólise em metástases ósseas: essas medicações podem prejudicar a cicatrização após extrações ou procedimentos dentários. “Uma avaliação odontológica antecipada ajuda a prevenir complicações”, explica Anna.
3. Câncer de cabeça e pescoço: a radioterapia nessas regiões pode danificar ossos e dificultar a recuperação após tratamentos dentários. “Identificar e tratar alterações bucais antes do início da radioterapia aumenta as chances de uma boa recuperação”, afirma a cirurgiã-dentista.
Mesmo pacientes que não se enquadram nos grupos de maior risco se beneficiam de acompanhamento odontológico. “Quem recebe cuidados odontológicos regulares enfrenta menos complicações e lida melhor com os efeitos colaterais do tratamento”, finaliza Anna Karolina Ximenes.
